A prisão do teu amor

 é algo que corrói minh'alma, estou enlaçada nas tuas palavras insensíveis  pensando nas dores que eu passaria ao digerir tantas letras apodrecidas. Teu amor é um dos mais desgraçados, que tanto machuca e serve de remendo para os sentimentos vazios, os toques formam memórias fantasmas em meu corpo com o tempo passando e não me sobra mais nada além das sensações de ter sido invadida por alguém que eu permiti tocar nas águas do desejo.

A prisão do teu amor é algo que desalinha meus sentimentos e coloca meu peito para chorar no colo de uma mãe ausente, ela pede que eu entregue para ti não somente meu coração como todos meus bens mais preciosos reúnidos com o tempo e dentre todas essas coisas estavam escondidos os dons de um artista amante da vida, ela leva tudo que tenho e deixa somente a poeira das caixas esqucidasque cheiram aos fragmentos das memórias e com isso eu tento reunir peça por peça na vontade de encaixar o céu novamente.

A prisão do teu amor impediu com que eu fosse para as estrelas no navio zarpante e fez com que não me sobrasse esperança alguma de fugir desse enorme plantio envelhecido e por isso fico só, escondida atrás das cortinas remendadas suspirando enquanto olho de canto para o rastro inconfundível deste pirata liberto, meu coração pedindo para que ele voltasse e resgatasse o corpo, agora, vazio. Estou oca por dentro, sem preenchimentos, sem cargas emocionais, tomando a forma de um mar morto, que desagua em paredes imensas, por isso conto os dias para que haja uma invasão nesse meu oceano e roubem o último tesouro que restou, eu.

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