Ao meu eterno pirata,
Dedico estas solenes palavras como um pequeno soneto melódico em resposta á minha saudade revigorante, os dias tem sido lentos sem ti por aqui conosco. Algumas flores cantam em teu nome ao amanhecer, pois reconhecem teu estrondoso barco repuxando as nuvens e decorando nosso céu com tuas cadentes estrelas-mães, todos clamamos por teu retorno, principalmente eu (ainda que eu não queira admitir tal coisa). Poucas são as noites que o teu vazio não se faça presente em nossa ilheta, confeitar tortas de carambola sem que algum dedo intrometido aparecesse de repente em minha janela. Não posso esperar para saber de tuas aventuras por esses lados da maré e, creio eu, que elas sejam as das mais intensas! Lembro-me bem das tuas histórias, eu nunca soube se elas vinham de teus livros, ou das rodas que os antigos coelhos montavam em torno das fogueiras enquanto acendiam teus pesados cachimbos. Nunca estive por essas confraternizações calorosas, a fumaça insistente grudariam por meus bigodes e, ...